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Mais gatos de Steinlen:
Théophile Alexandre Steinlen (1859-1923), pintor, ilustrador e impressor, nasceu em Lausanne, na Suiça. Em 1881 mudou-se para Paris onde trabalhou como designer têxtil. Aqui, frequentou os cafés de Montmartre, nomeadamente o famoso Le Chat Noir, onde travou conhecimento com artistas de vanguarda, como Toulouse-Lautrec e Émile Zola, integrando o seu círculo. Colaborou nos jornais Le Chat Noir e Mirliton, e ilustrou também as canções de Paul Delmet, de Richepine, e a recolha Dans la Rue, de Aristide Bruant.
Colaborou igualmente em jornais e revistas, e produziu cartazes publicitários,desenvolvendo um estilo muito próprio. A filha, Colette, escritora, e, como o pai, grande apreciadora de gatos, serviu-lhe de modelo para os cartazes de La Compagnie Française e de Le lait de la Vingeanne.
Próximo dos communistes e dos anarquistas, denunciou a pobreza, a exploração e a violência através de cartazes e de ilustrações em Le Petit Sou. Entre 1913 e 1919 produziu dezassete cartazes de guerra, expondo a insustentável miséria de soldados e civis.
A Arca da Jade migrou dentro do sapo blogs. Agrada-nos o novo visual, mas o sistema plug and play é demasiado rígido, sobretudo na edição de entradas: impede o uso de html, mas não tem, em contrapartida, suficiente capacidade de discrimar. Além disso, não há forma de gerir os arquivos, cuja localização se desconhece. Algumas entradas tiveram de ser eliminadas e outras aguardam reparação, porque o sistema não reconheceu os scripts.
A Arca precipitou-se...
Chama-se Luís o gato do terceiro
e é companheiro de um mestre filósofo.
Em madrugadas altas há por vezes sobressalto,
quando o bichano acorda mal disposto.
O professor, sábio também
em jogos de paciência, acalma
o animal e já o mima. Trata-se,
vendo bem, de outra ciência,
tão difícil de conseguir como
um estudo de Pessoa. Chama-se Agostinho
da Silva, o do terceiro, e tem um gato
com quem, à vontade, discreteia.
Luís, discípulo, ronrona baixinho.
Tudo vai bem, assim, no sete desta rua.
Eduardo Guerra Carneiro, Contra a Corrente, 1988